Dá pra viver sem comer sete uvas
Pensa na pessoa mais aleatória possível e imagina que mandinga ela fez de ano novo
Ano novo, que coisa, né? Como foram de passagem? Ah, feliz 2024!
Aqui foi tranquilo, passei do jeito que mais gosto, que é fazendo absolutamente nada em companhia da família. Belisquei uns aperitivos, tomei umas tacinhas de espumante (“Champagne é só o produzido na região de Champagne, na França!” — alertou minha mãe quando cantei Champagne, de Peppino di Capri, enquanto ela me servia), subi na cobertura do prédio pra denunciar quem soltava fogos à meia-noite e fui dormir renovada.
Já fui a pessoa que fazia um milhão de mandingas na virada do ano, todas elas pra arrumar duas coisas: namorado e dinheiro. Se tava acompanhada, tava pobre, então precisava alternar. Já vi muitas pessoas subindo em cadeiras, pulando no pé direito, comendo sete uvas, pulando sete ondas, dando volta em mala vazia pra ter sorte, e já fiz algumas dessas, também. Comprei um arco-íris de calcinha e só parei com essa graça depois de me colocar em um shopping num 31 de dezembro.
Aí veio uma viagem que fiz para Nova York, onde cheguei no último dia do ano com uma série de planos: reservas no Daniel Boulud, passadinha na Times Square, rs etc.. Depois de tomar banho, dei uma cochiladinha pra aguentar e acordei pedindo arrego: não ia sair porcaria nenhuma. Passamos eu e minha mãe no quarto do hotel, assistindo a festa dos apartamentos em frente, e foi ótimo!
A partir de 2018, comecei a passar alguns réveillons sozinha em casa, fazendo no máximo um pensamentozinho positivo na hora da virada, e nada de terrível me aconteceu. Agora, de uma coisa eu ainda faço questão: tirar o lixo e lavar a louça, pra não trazer coisa velha comigo pro ano novo.
Tattoo é pra jacu
Estive praticando minhas funções de tia em um parque aquático da região. Enquanto encarava o rio de corredeira, ora com o pimpolho em meus braços, ora erguendo uma toalha daquelas gigantes porque sabiamente não a guardei no armário do local, pude notar a quantidade de tatuagens feias da galera que passava por mim. Aproveitei e fiz um levantamento do que vi:
Uma profusão de carimbos das mãozinhas e pezinhos dos filhos, ostentadas em geral por orgulhosos papais de Instagram — essa última parte é só uma suposição, havia mulheres também adornadas assim;
Ainda na editoria Filhos, a variação das mãozinhas seguidas de nomes como Kallel e Yeshua (esse último, enquanto um nome dito ao vento, é muito bonito mas o pequeno Yeshua vai odiar a alfabetização na escola);
Uns três roqueiros feios com um outro roqueiro feio indecifrável desenhado no peito;
Um bróder que tatuou a Santa Ceia completa no tórax, e isso incluiu os mamilos como 14º e 15º apóstolos;
Esse aqui foi o vencedor, o cara me tatuou um bicho-preguiça em grande parte das costas. Gênio! Imagina quão preguiçoso o cara é pra marcar a pele com isso? Queria ter estado no local no dia em que essa tatuagem saiu do campo das ideias e ganhou vida.
Depois disso, fiquei refletindo o quanto sou atingida por tatuagens medonhas o tempo inteiro, cada vez mais. E aqui não entro na questão de artistas não tão bons e orçamentos baixos, o lance é com a ideia, mesmo. Tipo os machados vikings que um cara que bate os 100% de DNA levantino tatuou no corpo. Ou tatuagem que tá todo mundo fazendo, você é todo mundo agora? Pra mim, que não posso falar muito desse processo decisivo, mas vou, tatuagem é coisa séria.
Isto posto, vou tatuar um cacto daqui alguns dias, mas juro que ele tem fundamento!
Aliás, cês já viram um reality da Netflix que pessoas que têm tatuagens medonhas/feitas em momentos erradíssimos ganham uma cobertura decidida por uma pessoa próxima? É bem engraçado.
É começo de ano, eu saí do Twitter (sério, aquilo não dá mais), então fica aqui mais um apelo para comprarem meu livro. Precisa nem ler, pode usar de calço de mesa, eu não ligo. Odeio ter que dizer que meu editor estava certo, que eu não devia ter feito 800 cópias, porque agora eu tenho que ficar como uma PEDINTE sugerindo a leitura de minha primeira obra.
É bonitinha, eu juro.
Pergunta pros seus irmãos se eles não querem também.
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Desta vez a newsletter veio cedo porque teve inspiração, quem sabe até o fim do mês vem mais uma. Até lá, fiquem bem!
dar volta em mala vazia: um cláaaaaasssico na minha família. pra viajar bastante no ano vindouro. a gente também enterrava um abacaxi, rsrs
oi Amora! sigo te acompanhando. ainda não li o livro mas vou corrigir isso em breve. tem pra Kindle?
Feliz Ano Novo Bia! Aqui pela Espanha eu descobri que são 12 uvas, uma pra cada mês, fui fazer e me perdi nas contas e nos pedidos. Um fracasso em termos de simpatias, rs.